Pré - Reforma, Reforma, Pós - Reforma e Contra Reforma



   Por Raydfran Leite de Oliveira

   1.    INTRODUÇÃO


           O trabalho aqui exposto é uma síntese dos eventos que envolvem a reforma protestante com base em estudos bibliográficos. Nele abordamos a história da reforma em quatro etapas: o movimento pré – reforma; a reforma; a pós – reforma; e a contra reforma. O primeiro trata dos primeiros passos ou tentativas dadas em direção a reforma através dos pré - reformadores; O segundo, é a reforma o movimento iniciado pelo monge agostiniano Martinho Lutero, por discordar dos erros doutrinários da igreja, escreveu 95 teses e as fixou na porta da catedral Wittemberg, apontando os erros cometidos pela cúria romana na tentativa de fazê-los voltar à verdade bíblica, tentativa que culminou com o surgimento do protestantismo; O terceiro, é a pós – reforma, são as mudanças sociais, políticas e principalmente religiosas, ocasionadas pelo desenvolvimento da reforma; O quarto é a contra reforma, movimento desencadeado pelo catolicismo romano na tentativa de parar os avanços do protestantismo que estava devastando toda a Europa como também contrapondo as doutrinas errôneas da igreja.


2.    O PERÍODO PRÉ-REFORMA

          A pré – reforma como o próprio nome sugere foi o período que antecedeu a reforma protestante, que vai do final do século 13 a meados do século 16. Ela é caracterizada pelo apontamento de algumas doutrinas heréticas defendidas pelo catolicismo romano através de teólogos e homens piedosos que não se conformaram com as heresias e atitudes errôneas dos líderes da igreja.
          Pois quando a igreja completou seu primeiro milênio, já tinha se espalhado por todo o mundo, porém estava completamente distanciada dos ditames da Bíblia sagrada. É nessa época que surge alguns homens levantados por Deus, que inconformados com as doutrinas heréticas ensinadas pela igreja, começaram a denunciar os erros doutrinários da mesma. Historicamente são chamados de “os precursores da reforma”.
       

2.1  Os precursores da reforma

           Aqui cabe destacarmos uma síntese sobre a biografia e as doutrinas defendidas pelos principais precursores da reforma, WALTON (2000):

·   Tomás Bradwardine (1290 – 1349), teólogo e matemático inglês, foi nomeado arcebispo da Cantuária em (1349), morreu vítima de peste negra. Realçava a graça de Deus na salvação.
·  Gregório de Rimin (1358), era Filósofo italiano e tornou-se monge de ordem agostiniana. Também Realçava a graça de Deus na salvação em contraste com a doutrina das obras (Indulgências).
·     João Wycliffe (1329 – 1384), foi professor da universidade de Oxford, foi forçado a aposentar-se em conseqüência da revolta dos camponeses em (1381). Traduziu a maior parte da vulgata latina para o inglês. Seu corpo foi exumado e queimado em (1428). Ele negava a doutrina da transubstanciação, opunha-se ao acúmulo de riquezas e a venda de indulgências, também frisava a autoridade das Escrituras.
·  João Huss (1373 – 1415), foi Sacerdote da Boêmia, tornou-se professor na Universidade de Praga. Foi queimado em praça pública por ordem do Concílio de Constança. Em sua doutrina, ele definia a igreja por uma vida semelhante à de Cristo e não pelos sacramentos. Opunha-se a venda de indulgências e à veneração de imagens. Reforçava a autoridade das Escrituras.
·     João de Wessel (1420 – 1489), Teólogo alemão, membro dos irmãos da vida comum, morreu na prisão depois de ser condenado por heresia e depois de se retratar. Também negava a transubstanciação, opunha-se a venda de indulgências e ao celibato clerical. Frisava a autoridade das escrituras.
·         Jerônimo Savanarola (1452 – 1536), era monge domiciniano italiano, foi enforcado e queimado por heresia em Florença. Pregava contra a imoralidade papal.
·     Desidério Erasmo (1466 – 1536), humanista holandês, compilou o texto do novo testamento grego usado por Lutero. Satirizou impiedosamente as falhas da igreja na obra Elogio da loucura. Atacou a incoerência e a hipocrisia na igreja.

           Todos deram sua parcela de contribuição para que acontecesse a tão almejada reforma, embora só viesse acontecer anos mais tarde com Lutero, Zuínglio, Calvino e João knox.
           A história relata que o pré – reformador João Hus, um dos mártires do cristianismo, quando estava para ser queimado disse as seguintes palavras ao seu carrasco: Vocês hoje estão queimando um ganso (Hus significa "ganso" na língua boêmia), mas dentro de um século, encontrar-se-ão com um cisne. “E este cisne vocês não poderão queimar.” Costuma-se identificar Martinho Lutero com esta profecia (que 102 anos depois pregou suas 95 teses em Wittenberg), e costumeiramente se costuma identificá-lo com um cisne.

3.    A REFORMA PROTESTANTE


           A reforma protestante marcou para sempre a história da igreja. Pois até o ano de 1517, só havia no mundo dois segmentos do cristianismo; o catolicismo romano que é o maior deles, e o catolicismo ortodoxo que se separou definitivamente do romano em 1054, tendo sua área de atuação principalmente nos países orientais, com sua sede em Istambul na Turquia, antiga Constantinopla; Já o catolicismo romano predominou-se em toda Europa e nos países ocidentais. Após o estopim da reforma, Lutero foi excomungado do catolicismo romano, então começaram a surgir às primeiras igrejas de fé evangélica, que no passado eram chamados de protestantes.
          Como tratamos no capítulo anterior, a história da reforma protestante é precedida pelas tentativas dos precursores, também chamados de pré – reformadores. Os mesmos tentaram fazer a igreja refletir sobre seus erros doutrinários, mais a maioria foram calados pela crueldade da cúria romana, sendo queimados vivos e outros enforcados, simplesmente porque apresentavam divergência com as doutrinas do clero romano, ou seja, ninguém podia pensar fora dos ditames da igreja.
           CURTIS (2003), afirma que desde há muito, a doutrina da justificação pela fé tinha sido perdida de vista na igreja, e foi este um dos fatores pelos quais a Reforma se tornou uma necessidade. Alguns precursores da reforma enfatizaram a doutrina da graça na salvação. Porém a doutrina da graça na salvação e a doutrina da justificação pela fé, só rompeu as barreiras do clero romano, quando o Dr. Lutero escreveu suas 95 teses e as fixou na porta da catedral de Wittenberg.

3.1 Lutero o principal protagonista da reforma

        O jovem Lutero a principio era estudante de direito, aos dezoito anos foi enviado por seu pai para a universidade de Efurt, lá segundo os historiadores seu espírito tomou uma séria orientação pela morte repentina do seu condiscípulo e amigo íntimo Aleixo. KNIGHT (1983), declara que por ocasião dumas férias, ao passarem por Thuringenevald foram surpreendidos por uma grande tempestade e o leviano Aleixo foi atingido por uma faísca elétrica. Caindo de joelhos com o impulso do momento, Lutero fez um voto de se consagrar ao serviço de Deus, se Ele o poupasse na ocasião. Após passar alguns dias vagueando pela biblioteca de Efurt, Lutero começa a ler a Bíblia em latim, ficando a cada dia maravilhado com as pérolas encontradas no livro santo.
        Com a leitura da Bíblia na universidade de Efurt, Lutero começa a refletir sobre uma lista de pecados, o que lhe deixou receoso. Então ele se lembra do voto que fez e deixa a universidade para ir ao mosteiro dos frades agostinianos. Já no monastério encontramos o sábio Lutero longe da universidade fazendo atividades pertinentes aos monges, como limpar celas, varrer a capela do mosteiro etc. Devido a sua dedicação, mais tarde foi nomeado a cadeira de teologia e filosofia.
           Depois de uma intensa crise sobre a incerteza do perdão de seus pecados, no leito da enfermidade Lutero foi consolado com as palavras de um monge piedoso que foi lhe visitar. O monge disse “creio na remissão dos pecados”, Lutero ao ouvir estas palavras, recebeu como uma resposta de Deus as sua aflições, afirmando “eu creio, eu creio na remissão dos pecados”. O monge afirmava que precisamos crer na remissão de nossos próprios pecados.
           Lutero superou a crise pessoal sobre a incerteza do perdão dos pecados. Mas ao fazer uma visita a cidade de Roma capital do catolicismo, ficou muito decepcionado ao ver a corrupção e imoralidade cometida pelos próprios padres e líderes da igreja. O monge agostiniano então volta para Wittenberg e se forma em teologia, atraindo multidões com seus sermões na igreja onde pregava.
           Pouco tempo depois João Tetzel, o monge dominicano de Leipzing, é enviado como emissário do papa para vender indulgências. Tetzel estava vendendo indulgências no próprio lugar onde Lutero estava cumprindo com os seus deveres de confessor do povo de Winttenberg. Inevitavelmente surgiria um debate entre os dois, o que de fato aconteceu. Tetzel dizia, “tão logo uma moeda cai no fundo da caixa à alma se solta do purgatório e dirigi-se em liberdade para o céu”. Bastava o emissário do papa terminar seu discurso, os fiéis corriam as pressas para comprar indulgências.
          O padre Lutero, reage às heresias pregadas por João Tetzel, advertindo o povo a não darem crédito às palavras do vendedor de indulgências. Era o ano de 1517, quando o monge agostiniano sem perca de tempo escreve as 95 teses sobre verdades fundamentais do cristianismo e as fixa na porta da igreja. O que causou intensa admiração do povo, chegando a passarem uma manhã inteira olhando. Não demorou as teses caíram nas mãos de Tetzel, que tentou rebater escrevendo outras teses contra Lutero o que não adiantou, apenas inflamou a multidão, pois os alunos de Lutero tomaram partido queimando também as teses de Tetzel. As teses de Lutero foram passando de mão em mão até chegar ao papa Leão X, que o convocou a comparecer em Roma.
         O papa inconformado declarou Lutero como herege e publicou uma bula de excomunhão contra ele. No entanto Lutero continuava resoluto e com firmeza avançando no conhecimento da verdade. Ao receber a excomunhão já se tinha libertado das algemas de Roma, estava pronto para mais um passo em direção à reforma, declarando que o papa era o Anticristo e queimando em praça pública a bula do papa. Roma teve um sentimento confuso e afirmou que o Dr. Lutero tinha que morrer. O continente europeu estava agitado pela coragem do monge de Wittenberg.
           Mesmo Lutero correndo perigo, sua confiança em Deus era grande, em 1521 ele vai a Worms para ser julgado. Quando Lutero entrou na sala do concílio que estava repleta de autoridades políticas e eclesiásticas, o chanceler Treves, lhe dirigiu duas perguntas: “Em primeiro lugar, queremos saber se estes livros" - e apontou para as obras de Lutero que estavam sobre a mesa - "foram escritos por vós. Em segundo lugar, se estais pronto a retratar-vos do que escrevestes nestes livros, ou se persistis nas opiniões que neles expusestes" KNIGHT (1983). Lutero respondeu positivamente a primeira pergunta, pedindo um tempo para a segunda. A essa altura já havia um plano orquestrado para ceifar a vida do monge agostiniano, porém após um período intenso de oração ele volta à sala do concílio e de forma enérgica responde positivamente a segunda, afirmando que não poderia submeter sua fé ao papa nem aos concílios, pois eles também comentem erros.
           Lutero saiu daquele concílio de cabeça erguida, com a certeza de que fez o que era necessário, manter a sua palavra diante da cúria romana que estava perdida em seus dogmas e tradições pagãs. Era um caminho sem volta a reforma foi instaurada.
           Sabemos que Lutero ao escrever as sua 95 teses não tinha em mente romper com o catolicismo, apenas que os líderes da igreja corrigissem os rumos que estavam tomando. Pois desde o século IV, quando Constantino tornou o cristianismo à religião oficial do império romano, abriu-se precedente para o sincretismo religioso, através daqueles que se agregavam a igreja sem compromisso com as escrituras, trazendo com sigo suas práticas pagãs. Foi também nesse período que a igreja se misturou com o estado, exercendo grande influência sobre reis e imperadores.

3.2  Principais reformadores

         Lembremos ainda aqui, que embora Lutero tenha sido o estopim da reforma protestante, outros homens piedosos e compromissados com a santa Bíblia, levantaram suas vozes com coragem e desvelo a favor da reforma, dando grande contribuição para o movimento começado em Wittenberg pelo monge agostiniano. Além de Lutero, mais três homens se destacaram: Ulrico Zuínglio na Suiça; João Calvino na França; E João Knox na Escócia. Vejamos no quadro abaixo, uma síntese biográfica dos principais fatos notáveis acerca dos reformadores, WALTON (2000).


MARTINHO LUTERO
ULRICO
ZUÍNGLIO
JOÃO CALVINO
JOÃO KNOX
DATAS

1483 – 1546

1484 – 1531

1509 – 1564

1514 - 1572
LOCAL DE NASCIMENTO
Eisleben, Alemanha
Alta Toggenburg, Suíça
Noyon, França
Haddington, Escócia
FORMAÇÃO
Leipzing
Viena, Basiléia
Paris, Órleans
St. Andrews
INGRESSO NO
SACERDÓCIO

1507

1506


1536
ESCRITOS IMPORTANTES
95 teses; Sobre o papado romano; Apelo a Nobreza germânica; Da servidão babilônica da igreja; A prisão da vontade; O catecismo ampliado; O catecismo resumido; Estudos sobre Romanos; Estudo sobre os Gálatas
Da liberdade e da escolha de alimentos;
Sessenta e sete conclusões.
As institutas da religião cristã;
Comentários sobre 49 livros da Bíblia.
O primeiro toque do clarim contra o monstruoso governo por mulheres; História da reforma da religião no reino da escócia.
FATOS
NOTÁVEIS
Foi influenciado pelos irmãos da vida comum; Em 1505 entrou para um mosteiro agostiniano; Em 1508 começou lecionar na Universidade de Wittenberg; Em 1517 afixou as 95 teses; Foi excomungado em 1520; Em 1521 foi convocado para a dieta de Worms; Em 1521 a 1534 traduziu a Bíblia para o alemão; Em 1525 opôs – se a guerra dos camponeses; Em 1525 casou com Catarina Von Bora.
Foi influenciado por Erasmo; Entrou para o sacerdócio com uma carreira respeitável; Opôs – se a venda de mercenários feita pela Suiça;
Em 1518 foi chamado para Zurique; Sua reforma foi muito além da de Lutero;
Alguns dos seus seguidores separaram – se para formar o grupo anabatista, o qual ele perseguiu; Foi morto na batalha contra os cantões católicos.
Abraçou o protestantismo enquanto estudava em Paris; Em 1533 foi forçado a fugir de Paris; Em 1536 foi persuadido por Farel a ajudar na reforma em Genebra; Foi forçado a sair de Genebra e estabeleceu – se em Estranburgo, onde se casou; Em 1541 retornou a genebra e comandou a reforma ali; Refugiados protestantes de todas as partes da Europa iam a Genebra e levavam consigo idéias de Calvino.
Foi influenciado por Tomás Guilherme e Jorge Wishart; Passou um ano e meio como escravo galé; Em 1549 foi para a Inglaterra e começou a pregar contra o catolicismo; Em 1553 foi para Genebra, influenciado por Calvino; Em 1558 publicou o Primeiro toque de clarim, assim que Elisabeth subiu ao trono; Em 1559 retornou à Escócia e conduziu a Reforma ali.

4.    A PÓS – REFORMA

           Após a reforma houve um período marcado por grandes mudanças sociais políticas e religiosas. Os reformadores tinham em comum não se conformar com o sistema religioso vigente, queriam que a igreja corrigisse seus erros e seguisse os ensinamentos da palavra de Deus corretamente.
         Depois dos primeiros anos da reforma, começaram a surgir divergências entre seus líderes. Não conseguindo chegar a um consenso, surgi então ramificações dentro do protestantismo:

·        1520 Luteranos;
·        1525 Anabatistas;
·        1534 Anglicanos;
·        1560 Presbiterianos;
·        1612 Batistas;
·        1787 Metodistas.

         No cenário político, o Rei Henrique VIII, por causa de seus desejos amorosos, rompe com a igreja romana, que não queria aceitar seu divórcio com Catarina de Aragão e seu matrimônio com Ana Bolena. Foi desse conflito que surgiu a Igreja Anglicana, que, não diferia muito do catolicismo romano. Em 1560, um grupo não satisfeito com a reforma promovida pela Igreja Anglicana, por ter algumas semelhanças com a igreja e por permanecer com resquício do papado, recebeu a alcunha de “puritanos”, que são os mesmos presbiterianos. Em 1660, os anglicanos chegam ao poder mais uma vez e começam a perseguir os puritanos.  Essa perseguição gerou a colonização dos Estados Unidos da América.
           Após a reforma houve um tempo de prosperidade em toda Europa, pois os reformadores ensinavam que o trabalho além de dignificar o homem é uma benção de Deus.

4.1  Algumas mudanças após a reforma

·         Surgimento e expansão das igrejas protestantes;
·         Rompimento da Igreja Anglicana com igreja romana;
·         A guerra dos trinta anos entre católicos e protestantes de 1618 a 1648;
·         A experiência cristã foi uma marca muito importante do movimento que ficou conhecido como pietismo (O pietismo foi responsável pelo reavivamento espiritual na Alemanha), além do destaque para a leitura sistemática da Bíblia;
·         Nas primeiras décadas do século XVIII, a igreja da Inglaterra, tanto a oficial quanto as dissidentes, começaram a entrar em declínio;
·         Os irmãos John e Carlos Wesley, juntamente com seu amigo George Whitefield, receberam a influência do pietismo e desenvolveram regras devocionais;
·         Em 1739, o reavivalista John Wesley começou a pregar que a vida cristã depende do testemunho do Espírito Santo, com uma experiência religiosa íntima. Fundou uma sociedade chamada metodista com aqueles que aceitavam seus ensinamentos.

5.    A CONTRA REFORMA CATÓLICA


           A idéia central da contra reforma, era sem sobra de dúvida aniquilar o protestantismo. A igreja católica ao observar o rápido crescimento dos protestantes, que se espalhavam por toda a Europa ficou incomodada e consequentemente muito preocupada com os avanços do movimento iniciado na Alemanha. Além disso, a igreja romana alimentava a esperança de atrair os protestante e trazê-los de volta, com uma suposta mudança no campo moral e doutrinário.
          Vejamos abaixo a lista dos líderes da contra reforma católica, segundo WALTON (2000):

·        Tomás de Torquemada (1420 – 1498);
·        Francisco James (1436 – 1517);
·        Giovanni Caraffa (1476 – 1559);
·        Jacopo Sadoleto (1477 – 1547);
·        Gaspar Contarini (1483 – 1542);
·        Inácio de Loyola (1491 – 1556);
·        Reginald Pole (1500 – 1558);
·        Michele Ghislieri (1504 – 1572);
·        Tiago Laynez (1512 – 1565);
·        Pedro Canísio (1521 – 1597);
·        Carlos Borromeo (1538 – 1584);
·        Roberto Belarmino (1542 – 1621).

        Um dos líderes da contra reforma, foi o espanhol Inácio de Loyola. Que se formou em Alcalá Salamanca Paris, como soldado, foi ferido e ficou inválido em 1521. Em seguida entrou para a ordem dominicana e escreveu os Exercícios Espirituais. Fundou a sociedade de Jesus, conhecida como os jesuítas em 1534, que tinha como finalidade combater o movimento protestante. Inácio afirmava que a igreja romana fora divinamente ordenada para representar Deus entre os homens.
       Loyola usava alguns métodos para combater o protestantismo: Colocava nas igrejas hábeis pregadores e promoviam reuniões atraentes; Dispensava muita atenção a obra educacional; Na política, incentivava os governantes a se rebelarem contra o protestantismo, e se tornarem fiéis à igreja católica.
          Outro grande elemento no combate a reforma, foi o concílio de Trento, reunido em 1545, durando cerca de 18 anos, era dividido em três longas sessões. Ele deu a igreja romana uma declaração completa de sua doutrina e reorganizou o sistema de governo eclesiástico. Também removeu um dos seus piores males, deixando-a mais bem preparada para combater o protestantismo. 
   A liderança da igreja católica foi dura e cruel no combate ao protestantismo. Usou métodos aterrorizantes, tais como: A inquisição, torturavam até a morte os protestantes; O index, condenavam os livros com os quais a igreja não concordava, como a Bíblia e tudo quanto conduzisse o mundo ao progresso e a pesquisa. Mais apesar das tentativas cruéis da igreja católica em eliminar o protestantismo ela não conseguiu.
    A igreja católica com sua dura perseguição não conseguiu extirpar o protestantismo, mais conseguiu solidificar-se através de seu massacre na Áustria, Estiria, Caríntia, Bavária e outros países. A guerra entre católicos e protestantes, só acabou em 1648 com a “A paz de Westphlia”, colocando o catolicismo e protestantismo no mesmo pé de igualdade.

6.    CONCLUSÃO

          Concluímos ressaltando a importância da reforma na história da igreja. Afirmando que era necessário, e por isso Deus levantou homens como Lutero e outros que não se conformaram e levantaram sua voz usando a pena do teólogo em prol da reforma. A reforma deixou um legado imensurável, mesmo o protestantismo passando por tudo que passou Deus preservou uma igreja viva, que não se curva diante de heresias e tradições pagã, a Ele seja a glória. Soli Deo Glória!


REFERÊNCIAS


CURTIS, A. Kenneth et al. Os 100 Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo. São Paulo: Vida, 2003.

MELHORANZA, Alexandre. A pós – reforma. Acessado em 15/05/2015. Disponível em: http://milhoranza.com/2011/05/31/o-pos-reforma/

KNIGHT, A e ANGLI, W. História do Cristianismo dos Apóstolos do Senhor Jesus ao Século XX. Rio de Janeiro: CPAD, 1983.

WALTON, Robert C. História da Igreja em Quadros. São Paulo: Vida, 2000.


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